sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Atividade complementar - Processo Seletivo PET Geologia

As fotos devem ser reunidas em uma apresentação de power point e enviadas ao padrinho/madrinha conforme a data combinada com estes.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Geólogos começam a acertar previsão de terremotos

Em um futuro próximo, moradores de regiões geologicamente mais ativas poderão assistir às previsões de terremotos pela TV, como ocorre hoje com as previsões do tempo.

Previsão de terremotos
Se medir as variações do tempo é difícil, com ventos, nuvens, temperatura e tudo o mais facilmente mensurável, muito mais difícil é prever o que vai acontecer nas camadas internas da Terra, onde o homem não tem acesso.
Mas os geólogos não têm descansado, e agora estão colhendo os primeiros resultados.
Observando uma área de alto risco, as previsões de que um terremoto irá acontecer em um determinado período já são 10 vezes mais precisas do que uma previsão aleatória.
A conclusão é resultado de um desafio lançado pelo Centro de Terremotos do Sul da Califórnia em 2005.

Vai tremer ou não vai?
Para participar, os cientistas deviam prever a probabilidade da ocorrência de um terremoto, de magnitude 4,95 ou maior, entre 1º de Janeiro de 2006 e 31 de Dezembro de 2010.
A área do estado da Califórnia foi dividida em 8.000 quadrados, ou células, e os cientistas deviam apontar em quais células os terremotos ocorreriam e quando.
Durante esse período, terremotos atingiram 22 das 8.000 células, com o maior deles alcançado 7,2 de magnitude, em Abril de 2010.
Nesta semana, os organizadores publicaram um artigo científico comparando os resultados e dando seu veredito.

Probabilidade de terremotos
As previsões de todos os 7 grupos participantes apresentaram alguma utilidade.
A previsão mais precisa foi a apresentada pela equipe da Universidade da Califórnia em Davis, que acertou 17 das 22 áreas efetivamente atingidas e apontou o maior risco em 8 delas.
Os cientistas esperam agora que o trabalho inicie uma discussão mais ampla entre os geólogos que permita a construção, primeiro, de parâmetros para julgar quando uma previsão é melhor do que a outra e, segundo, de índices de probabilidade de terremotos que possam finalmente ser anunciados à população.

Bibliografia:
Results of the Regional Earthquake Likelihood Models (RELM) test of earthquake forecasts in California
Ya-Ting Lee, Donald L. Turcotte, James R. Holliday, Michael K. Sachs, John B. Rundle, Chien-Chih Chen, Kristy F. Tiampo
Proceedings of the National Academy of Sciences
October 4, 2011
Vol.: 108 no. 40 16533-16538
DOI: 10.1073/pnas.1113481108

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O PET-Geologia agradece a participação voluntária de todos os docentes e discentes do curso de Geologia na Feira de Cursos e Profissões, entre dos dias 16-18/09/2011.
Um agradecimento especial ao Núcleo Paraná da Sociedade Brasileira de Geologia pelo patrocínio financeiro para impressão do material de divulgação da nossa profissão e do Grupo PET.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Astrônomos descobrem planeta feito de diamante

LONDRES (Reuters) - Astrônomos localizaram um exótico planeta que parece ser quase todo feito de diamante, girando em torno de uma pequena estrela nos confins da galáxia.

Além do carbono, o novo planeta também deve conter oxigênio

O novo planeta é bem mais denso do que qualquer outro já visto, e consiste praticamente só de carbono. Por ser tão denso, os cientistas calculam que o carbono deve ser cristalino, ou seja, uma grande parte dele é mesmo de diamante.


"A história evolutiva e a incrível densidade desse planeta sugerem que ele é composto de carbono, ou seja, um enorme diamante orbitando uma estrela de nêutrons a cada duas horas, numa órbita tão compacta que caberia dentro do nosso Sol", disse Matthew Bailes, da Universidade de Tecnologia Swinburne, em Melbourne.

A 4.000 anos-luz da Terra, ou cerca   de um oitavo da distância entre o nosso planeta e o centro da Via Láctea, o planeta é provavelmente remanescente de uma estrela que já foi gigantesca, mas que perdeu suas camadas externas para a estrela que orbita.

Os pulsares são estrelas de nêutrons, pequenas e mortas, com apenas cerca de 20 quilômetros de diâmetro, girando centenas de vezes por segundo e emitindo feixes de radiação.

No caso do pulsar J1719-1438, seus feixes varrem a Terra regularmente e já foram monitorados por telescópios da Austrália, Grã-Bretanha e Havaí, o que permite aos astrônomos detectar modulações devido à atração gravitacional do seu companheiro planetário, que não é visto diretamente.

As medições sugerem que o planeta, com um "ano" de 130 minutos, tem uma massa ligeiramente superior à de Júpiter, mas é 20 vezes mais denso, segundo relato de Bailes e seus colegas na edição de quinta-feira da revista Science.

Além do carbono, o novo planeta também deve conter oxigênio, que pode ser mais abundante na superfície, tornando-se mais raro na direção do centro, onde há mais carbono.

Sua grande densidade sugere que os elementos mais leves -- hidrogênio e hélio -- que compõem a maior parte de gigantes gasosos, como Júpiter, não estão presentes.

O aspecto desse bizarro mundo de diamante, no entanto, é um mistério.

"Em termos do seu aspecto, não sei nem se eu posso especular", disse Ben Stappers, da Universidade de Manchester. "Não imagino que uma imagem de um objeto muito brilhante seja o que estejamos vendo aqui."

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/astr%C3%B4nomos-descobrem-planeta-feito-diamante-201450378.html

Pré-Apresentações das Monografias PET Geologia


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

9ª Feira de Cursos e Profissões da UFPR é adiada



A Universidade Federal do Paraná decidiu adiar a 9ª edição da "UFPR: Cursos e Profissões. Uma feira de ideias para seu futuro" para os dias 2, 3 e 4 de setembro, no campus Jardim Botânico da UFPR, em Curitiba.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cadeia de vulcões submarinos é descoberta na Antártida


Foram descobertos 12 vulcões, 7 ativos - Foto: British Antartic Survey

Por Kátia Arima

Um cadeia de vulcões submarinos foi descoberta na Antártida pelo centro de pesquisas British Antartic Survey (BAS). 

Os vulcões estão perto das ilhas Geórgia do  Sul e Sandwich do Sul, territórios britânicos. Alguns vulcões têm 3 mil metros de altitude - quase a dimensão do Monte Fuji, no Japão. Foram descobertos 12 vulcões submarinos, sendo que 7 deles estão ativos. 


Se entrarem em erupção, podem causar tsunamis - mas isso não é tão preocupante, já que não há pessoas que vivem perto da região. Também foram encontradas na área várias crateras, de até cinco quilômetros de diâmetro.

A descoberta interessa não tanto pelo risco que os vulcões podem causar, mas pela vida submarina que eles proporcionam. Os vulcões submarinos ativos são fontes hidrotermais, um habitat que existe em outros planetas como Júpiter. De acordo com os cientistas, as rochas submarinas são um ambiente propício para a vida de peixes e outras vidas marinhas.

Os pesquisadores do BAS afirmam que a descoberta da cadeia de vulcões foi uma surpresa, identificada com um equipamento de mapeamento do solo oceânico.


Fonte

terça-feira, 19 de abril de 2011

Super vulcão de Yellowstone é maior do que se pensava

Super vulcão de Yellowstone é maior do que se pensava
Esta ilustração compara as duas visões - sísmica e elétrica - da câmera que alimenta o super vulcão de Yellowstone. A imagem da esquerda foi feita pela técnica geoelétrica, baseada nas variações de condutividade elétrica da rocha fundida e dos fluidos.[Imagem: University of Utah]

Geofísicos usaram uma nova técnica de imageamento para traçar um perfil da condutividade elétrica do super vulcão de Yellowstone.

O resultado sugere que câmara de rocha quente e parcialmente fundida, que um dia fará o super vulcão novamente entrar em erupção, é ainda maior do parecia.

Super vulcão de Yellowstone

Segundo as observações geológicas disponíveis, o super vulcão de Yellowstone foi o causador das maiores explosões vulcânicas que a Terra já experimentou.

Ele teve três super erupções - capazes de cobrir metade da América do Norte com cinzas - nos últimos milhões de anos: há 2 milhões, 1,3 milhão e 642.000 anos atrás.

Esta estatística indica que a próxima grande erupção de Yellowstone pode ocorrer a qualquer momento. Erupções menores têm ocorrido nesses intervalos: a mais recente ocorreu há 70.000 anos.

Mapeamento sísmico

As imagens anteriores eram baseadas em ondas sísmicas, geradas por terremotos ou induzidas pelos pesquisadores por meio de explosões.

A última medição por ondas sísmicas foi feita em 2009. As ondas sísmicas viajam mais rapidamente através das rochas frias e mais lentamente através das rochas quentes.

As ondas sísmicas podem ser geradas naturalmente, por terremotos, ou artificialmente, por meio de explosões. Captando as ondas de um ponto distante de sua emissão, é possível traçar uma imagem tridimensional do subsolo, de maneira parecida com os raios X usados para fazer imagens do corpo humano.

Os resultados mostram uma câmara que mergulha em um ângulo bastante inclinado, de 60 graus, estendendo-se por 240 quilômetros e alcançando até 650 km de profundidade.

Mapeamento geoelétrico

No novo estudo, as imagens foram geradas medindo a condutividade elétrica da câmara, gerada pelas rochas silicatadas fundidas e pela salmoura fervente misturada com rochas parcialmente fundidas.

Na verdade, trata-se de uma forma inédita de observar o que ocorre nas profundezas de um vulcão, adormecido há milhares de anos.

O mapa mostra uma visão diferente, com uma câmara mergulhando a um ângulo mais suave, de 40 graus, e alcançando 640 quilômetros no sentido leste-oeste.

Esta técnica geoelétrica consegue enxergar somente até 160 km de profundidade, mas o baixo ângulo de inclinação mostra um quadro totalmente diferente, com uma câmara de magma muito maior.

Sem previsões

"É como comparar o ultra-som com a ressonância magnética no corpo humano, são diferentes tecnologias de geração de imagens," explica o professor Michael Zhdanov, da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.

Os cientistas acreditam que a câmara cônica mostrada pelo imageamento sísmico parece estar envelopado em uma camada muito mais larga de rochas parcialmente fundidas e líquidos ferventes.

"É muito grande. Nós podemos inferir que há mais fluidos lá do que as imagens sísmicas mostram," disse Robert Smith, coordenador da pesquisa.

O novo estudo amplia o conhecimento sobre o que está por baixo do super vulcão, mas não diz nada sobre as chances e o tempo que levará para que a próxima erupção ocorra.
 
 
Fonte: Inovação Tecnológica

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mineração de enxofre em vulcão em Java

Kawah Ijen by night





Photographer Olivier Grunewald has recently made several trips into the sulfur mine in the crater of the Kawah Ijen volcano in East Java, Indonesia, bringing with him equipment to capture surreal images lit by moonlight, torches, and the blue flames of burning molten sulfur. Covered last year in the Big Picture (in daylight), the miners of the 2,600 meter tall (8,660ft) Kawah Ijen volcano trek up to the crater, then down to the shore of a 200-meter-deep crater lake of sulfuric acid, where they retrieve heavy chunks of pure sulfur to carry back to a weighing station. Mr. Grunewald has been kind enough to share with us the following other-worldly photos of these men as they do their hazardous work under the light of the moon.

Fotos :  www.boston.com/bigpicture/2010/12/kawah_ijen_by_night.html

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mapa de gravidade em 3D mostra Terra em formato de batata

Geóide apresentado pelos pesquisadores da ESA, modelo de estudo da gravidade ao redor do globo. 
Foto: Divulgação

Cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) apresentaram um geoide (forma física do planeta) que não é precisamente redondo. Sua forma irregular faz lembrar o formato de uma batata.

No modelo de geoide, os pesquisadores ilustraram o efeito da gravidade ao redor do globo. Nas áreas onde a gravidade é mais forte, a cor é amarela, nas regiões onde a gravidade é mais fraca, a cor é azul. Clique aqui para ver a animação da ESA.

Para obter essa representação, foram reunidos os dados enviados nos últimos dois anos pelo satélite GOCE, da ESA.  O estudo inédito da gravidade da Terra foi apresentado nesta quinta-feira (31), durante a conferência Fourth International GOCE User Workshop, na Universidade Técnica de Munique, na Alemanha.

O modelo de geoide apresentado pela agência considerou a gravidade do planeta sem levar em conta a ação das marés e correntes oceânicas. Ele é referência na medição da movimentação dos oceanos, as mudanças do nível do mar e o derretimento das calotas polares.

Os mais de 12 meses de dados coletados pelo satélite GOCE - lançado em março de 2009 - poderão servir para análise da estrutura interna da Terra, como a formação de terremotos. Satélites não conseguem identificar a movimentação das placas tectônicas, mas os tremores deixam uma espécie de rastro, de acordo com a ESA, que podem ajudar a compreender como acontecem os terremotos e, talvez, prevê-los.
Fonte: National Geographic Brasil.

sábado, 26 de março de 2011

Tiranossauro Rex tinha parasita comum aos pássaros

O Tiranossauro Rex, um dos maiores dinossauros já encontrados, era afetado por um parasita que ainda hoje infecta os pássaros, conclui um estudo de paleontologistas americanos publicado nesta terça-feira pela revista PLoS.

Os pesquisadores chegaram a esta conclusão ao observar marcas em "Sue", o maior e mais bem conservado fóssil de Tiranossauro Rex, exposto no Museu Field de Chicago, norte dos Estados Unidos. Este fóssil tem buracos na mandíbula que até o momento eram atribuídos a combates com outros dinossauros, mas os pesquisadores concluíram que são sequelas de uma severa infecção provocada pelo Trichomonas gallinae, um protozoário que hoje causa lesões graves na parte inferior dos bicos de aves de rapina.

 O esqueleto batizado de "Sue" depositado no Field Museum of Natural History em Chicago, Illinois.
Fonte da imagem: http://www.charlesculp.com/chicago/photos/Sue.jpg

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sexta-feira, 18 de março de 2011

Edital 2 - Processo Seletivo 2011

Terras raras elevam eficiência de material termoelétrico em 25%

Terras raras elevam eficiência de material termoelétrico em 25%
Placa de Peltier, usada para em refrigeração de estado sólido.[Imagem: Wikipedia]
Pesquisadores do Laboratório Ames, nos Estados Unidos, alcançaram uma melhoria surpreendente de 25% no rendimento dos materiais termoelétricos.
Calor em eletricidade
Materiais termoelétricos são capazes de converter diferenças de temperatura diretamente em eletricidade - um fenômeno conhecido como efeito Seebeck - e, inversamente, convertem a eletricidade diretamente em diferenciais de temperatura - um fenômeno conhecido como efeito Peltier.
Todas as usinas termoelétricas transformam calor em eletricidade, seja o calor da queima de carvão, gás natural, biomassa ou mesmo o calor gerado pelo decaimento de substâncias radioativas, como acontece nas usinas nucleares.
Nessas usinas, contudo, o calor é usado para gerar vapor d'água, que é usado para gerar uma turbina, que por sua vez aciona um gerador, que finalmente produz a eletricidade.
O material termoelétrico - uma chapa sólida feita com uma liga metálica especial - elimina todos esses passos, transformando diretamente o calor em eletricidade.
E, usando o efeito Peltier, eles são usados para a construção de geladeiras de estado sólido, que dispensam motores, compressores e tubulações de gás.
Eficiência dos materiais termoelétricos
O grande problema é que os materiais termoelétricos ainda são ineficientes.
A NASA gosta muito deles para uso no espaço, onde os ganhos em simplicidade e peso superam largamente as perdas com a ineficiência - sondas como Voyager, Pioneer, Galileo, Cassini e Viking, todas tiraram ou tiram proveito dos efeitos Seebeck e Peltier.
Mas aplicações mais terrenas ainda estão na agenda. Por exemplo, o calor desperdiçado pelo motor de um carro pode ser convertido em eletricidade para recarregar as baterias ou mesmo para substituir os alternadores.
Um dos grupos mais bem estudados entre os materiais termoelétricos é chamado TAGS, uma sigla com a inicial do símbolo químico dos elementos usados para formar a liga: telúrio, antimônio, germânio e prata.
Terras raras
Agora, a equipe do Dr. Evgenii Levin descobriu que a adição de apenas 1% de um elemento do grupo das terras raras - cério ou itérbio - melhora o desempenho do material termoelétrico TAGS em 25%.
As razões para tamanha melhoria ainda estão por ser entendidas, mas os cientistas teorizam que a quantidade mínima do elemento de terras raras é suficiente para afetar a estrutura cristalina da liga, otimizando seu efeito Seebeck.
É sobre isso que eles vão se debruçar agora: quando descobrirem o que exatamente causa o efeito, eles poderão encontrar formas de ampliá-lo ou de procurar por outros elementos ou compostos capazes de aumentar ainda mais o efeito termoelétrico.
Em última instância, o grupo quer descobrir qual é a estrutura cristalina de um material termoelétrico "ideal" - onde ideal significa uma eficiência em torno dos 20%, um nível que se acredita suficiente para viabilizar aplicações industriais e domésticas.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sismógrafo amador capta terremoto no Japão 
http://www.geofisicabrasil.com/noticias/62-sismologia/1625-sismografo-amador-capta-terremoto-japao.html



Terremoto no Japão é captado por sismógrafo criado por brasileiro em Campinas.
Aparelho tem um metro de comprimento por meio metro de largura e está instalado no bairro Guará, próximo ao campus da Unicamp. [Imagem: Rogério Marcon]

Sismógrafo amador

O terremoto de 8,9 pontos - autoridades japonesas anunciam 8,8 pontos - na Escala Richter que atingiu o Japão nesta sexta-feira (11) também foi registrado a poucos quilômetros do campus da Unicamp em Campinas, em um prosaico banheiro de fundo de quintal.
No local está instalado um sismógrafo horizontal amador, construído há três anos pelo geólogo Rogério Marcon, funcionário do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW).
"O registro foi feito por volta das 3h30 da manhã, pouco tempo depois da ocorrência do abalo. Entretanto, eu só o verifiquei às 5h30, quando acordei. Logo em seguida, liguei a televisão para me informar sobre o que tinha acontecido", conta Marcon, que gastou algo como R$ 500 para conceber o aparelho.

Resultados profissionais

Logo que verificou os dados assinalados pelo seu equipamento e o noticiário, o funcionário da Unicamp começou a receber telefonemas de amigos e de jornalistas interessados em obter informações a respeito do fenômeno.
Marcon diz que o aparelho é basicamente o mesmo que construiu há três anos: "A única diferença é que providenciei uma cobertura para protegê-lo das correntes de ar".
O geólogo utilizou um PC pentium 3 e uma interface para o aparelho conversor analógico. A interface custou 20 dólares e foi importada de uma empresa especializada na construção de sismógrafos amadores.

Software livre

Ele também lançou mão de um software livre para transformar dados em gráficos. Para captar os terremotos, montou um pêndulo, composto por um transdutor elétrico posicionado sobre uma bobina.
O equipamento tem um metro de comprimento por meio metro de largura e está instalado no bairro Guará, próximo ao campus da Unicamp.
Nos últimos três anos, conforme Marcon, o sismógrafo registrou centenas de eventos, de variadas magnitudes.
O primeiro foi um tremor de 5,2 pontos ocorrido no Atlântico Sul, em abril de 2008, e que foi sentido nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. "Entre os sismos mais fortes, o instrumento captou o que destruiu algumas localidades chilenas e o que devastou o Haiti, ambos em 2010".
Registro do momento do terremoto que ocorreu no Japão, às 2h46 de 11/03/2011. [Imagem: Rogério Marcon]

Repiques

De acordo com o geólogo, além do sismo principal, outros 60 terremotos sequenciais, de menor magnitude - abaixo de 6 pontos - foram registrados por sismógrafos no Brasil.
"É preciso esclarecer que as pessoas aqui no país ou em Barão Geraldo não sentiram a terra tremer. Apenas os sismógrafos são capazes de captar as ondas propagadas desde o Japão", esclarece.
Ainda segundo Marcon, não há propriamente um teto na Escala Richter. "Entretanto, até hoje, nunca se viu terremoto acima de 9,5. Este do Japão chegou bem perto dessa marca".
Site Inovação Tecnológica com informações da Unicamp - 11/03/2011