terça-feira, 19 de abril de 2011

Super vulcão de Yellowstone é maior do que se pensava

Super vulcão de Yellowstone é maior do que se pensava
Esta ilustração compara as duas visões - sísmica e elétrica - da câmera que alimenta o super vulcão de Yellowstone. A imagem da esquerda foi feita pela técnica geoelétrica, baseada nas variações de condutividade elétrica da rocha fundida e dos fluidos.[Imagem: University of Utah]

Geofísicos usaram uma nova técnica de imageamento para traçar um perfil da condutividade elétrica do super vulcão de Yellowstone.

O resultado sugere que câmara de rocha quente e parcialmente fundida, que um dia fará o super vulcão novamente entrar em erupção, é ainda maior do parecia.

Super vulcão de Yellowstone

Segundo as observações geológicas disponíveis, o super vulcão de Yellowstone foi o causador das maiores explosões vulcânicas que a Terra já experimentou.

Ele teve três super erupções - capazes de cobrir metade da América do Norte com cinzas - nos últimos milhões de anos: há 2 milhões, 1,3 milhão e 642.000 anos atrás.

Esta estatística indica que a próxima grande erupção de Yellowstone pode ocorrer a qualquer momento. Erupções menores têm ocorrido nesses intervalos: a mais recente ocorreu há 70.000 anos.

Mapeamento sísmico

As imagens anteriores eram baseadas em ondas sísmicas, geradas por terremotos ou induzidas pelos pesquisadores por meio de explosões.

A última medição por ondas sísmicas foi feita em 2009. As ondas sísmicas viajam mais rapidamente através das rochas frias e mais lentamente através das rochas quentes.

As ondas sísmicas podem ser geradas naturalmente, por terremotos, ou artificialmente, por meio de explosões. Captando as ondas de um ponto distante de sua emissão, é possível traçar uma imagem tridimensional do subsolo, de maneira parecida com os raios X usados para fazer imagens do corpo humano.

Os resultados mostram uma câmara que mergulha em um ângulo bastante inclinado, de 60 graus, estendendo-se por 240 quilômetros e alcançando até 650 km de profundidade.

Mapeamento geoelétrico

No novo estudo, as imagens foram geradas medindo a condutividade elétrica da câmara, gerada pelas rochas silicatadas fundidas e pela salmoura fervente misturada com rochas parcialmente fundidas.

Na verdade, trata-se de uma forma inédita de observar o que ocorre nas profundezas de um vulcão, adormecido há milhares de anos.

O mapa mostra uma visão diferente, com uma câmara mergulhando a um ângulo mais suave, de 40 graus, e alcançando 640 quilômetros no sentido leste-oeste.

Esta técnica geoelétrica consegue enxergar somente até 160 km de profundidade, mas o baixo ângulo de inclinação mostra um quadro totalmente diferente, com uma câmara de magma muito maior.

Sem previsões

"É como comparar o ultra-som com a ressonância magnética no corpo humano, são diferentes tecnologias de geração de imagens," explica o professor Michael Zhdanov, da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.

Os cientistas acreditam que a câmara cônica mostrada pelo imageamento sísmico parece estar envelopado em uma camada muito mais larga de rochas parcialmente fundidas e líquidos ferventes.

"É muito grande. Nós podemos inferir que há mais fluidos lá do que as imagens sísmicas mostram," disse Robert Smith, coordenador da pesquisa.

O novo estudo amplia o conhecimento sobre o que está por baixo do super vulcão, mas não diz nada sobre as chances e o tempo que levará para que a próxima erupção ocorra.
 
 
Fonte: Inovação Tecnológica

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mineração de enxofre em vulcão em Java

Kawah Ijen by night





Photographer Olivier Grunewald has recently made several trips into the sulfur mine in the crater of the Kawah Ijen volcano in East Java, Indonesia, bringing with him equipment to capture surreal images lit by moonlight, torches, and the blue flames of burning molten sulfur. Covered last year in the Big Picture (in daylight), the miners of the 2,600 meter tall (8,660ft) Kawah Ijen volcano trek up to the crater, then down to the shore of a 200-meter-deep crater lake of sulfuric acid, where they retrieve heavy chunks of pure sulfur to carry back to a weighing station. Mr. Grunewald has been kind enough to share with us the following other-worldly photos of these men as they do their hazardous work under the light of the moon.

Fotos :  www.boston.com/bigpicture/2010/12/kawah_ijen_by_night.html

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mapa de gravidade em 3D mostra Terra em formato de batata

Geóide apresentado pelos pesquisadores da ESA, modelo de estudo da gravidade ao redor do globo. 
Foto: Divulgação

Cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) apresentaram um geoide (forma física do planeta) que não é precisamente redondo. Sua forma irregular faz lembrar o formato de uma batata.

No modelo de geoide, os pesquisadores ilustraram o efeito da gravidade ao redor do globo. Nas áreas onde a gravidade é mais forte, a cor é amarela, nas regiões onde a gravidade é mais fraca, a cor é azul. Clique aqui para ver a animação da ESA.

Para obter essa representação, foram reunidos os dados enviados nos últimos dois anos pelo satélite GOCE, da ESA.  O estudo inédito da gravidade da Terra foi apresentado nesta quinta-feira (31), durante a conferência Fourth International GOCE User Workshop, na Universidade Técnica de Munique, na Alemanha.

O modelo de geoide apresentado pela agência considerou a gravidade do planeta sem levar em conta a ação das marés e correntes oceânicas. Ele é referência na medição da movimentação dos oceanos, as mudanças do nível do mar e o derretimento das calotas polares.

Os mais de 12 meses de dados coletados pelo satélite GOCE - lançado em março de 2009 - poderão servir para análise da estrutura interna da Terra, como a formação de terremotos. Satélites não conseguem identificar a movimentação das placas tectônicas, mas os tremores deixam uma espécie de rastro, de acordo com a ESA, que podem ajudar a compreender como acontecem os terremotos e, talvez, prevê-los.
Fonte: National Geographic Brasil.