quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Geólogos afirmam que Cristo foi crucificado em 3 de abril de 33 d.C.



N. Currier via LOC


Um grupo de geólogos conduziu uma pesquisa, agora publicada pela revista “International Geology Review”, que concluiu que Jesus Cristo foi crucificado na sexta-feira, 3 de abril do ano 33 DC, baseando-se na atividade sismológica na região do Mar Morto, a 20 quilômetros de Jerusalém. A equipe, liderada pelo pesquisador Jefferson Williams, da Supersonic Geophysical, e composta por membros do Centro de Alemão para Pesquisas de Geociências, estudou amostras do solo de Ein Gedi Spa, relatos textuais, registros geológicos e dados astronômicos para chegar à data mais provável da morte de Cristo.

No capítulo 27 do Evangelho segundo Mateus, é relatado que enquanto Jesus morria na cruz, “a terra tremeu, as pedras se fenderam, os sepulcros se abriram”. Os cientistas identificaram sinais de dois tremores nas camadas de sedimentos acumuladas: sabe-se que um deles ocorreu em 31 AC, e que o outro provavelmente ocorreu entre 26 e 36 DC, quando Pôncio Pilatos governava a Judeia e quando aconteceu o relatado em Mateus.

Jefferson Williams disse que há um consenso considerável sobre o dia da crucificação, e que a controvérsia é mais relacionada ao ano em que isso ocorreu. As pistas levantadas por ele e sua equipe foram:

- Os quatro evangelhos e os “Anais” do historiador romano Tácito concordam que a crucificação ocorreu sob Pôncio Pilatos, entre 26 e 36 DC;
- Todos os quatro evangelhos contam que Jesus morreu poucas horas antes do início do sabático judeu (o que ocorre na noite de sexta-feira);
- Os evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas) indicam que Jesus morreu antes do anoitecer do 14º dia do Nissan, primeiro mês do calendário religioso judaico – logo antes do início do Sêdar de Pessach (jantar cerimonial);
- O Evangelho de João difere dos sinópticos, ao dizer que a morte de Cristo ocorreu no 15º dia do Nissan.

Segundo os geólogos, essas pistas, analisadas em conjunto com o calendário judaico e as referências astronômicas, apontam a data de 3 de abril de 33 como sendo a mais provável. Outra pista dos evangelhos pode apoiar essa teoria: três dos quatro evangelhos canônicos falam de uma escuridão entre meio-dia e três da tarde no dia seguinte à crucificação – o que pode, segundo Williams, ter sido causada por uma tempestade de areia. O grupo do pesquisador agora está buscando amostras do solo em busca de evidências sobre esse ponto.


Fonte: http://www.geologo.com.br/