terça-feira, 27 de agosto de 2013

Fukushima mede quantidade de césio e estrôncio no Oceano Pacífico

Foto divulgada pela Tepco mostra água contaminada que vasou de um tanque na usina nuclear de Fukushima. (Foto: AFP Photo/Tepco)
Foto divulgada pela Tepco mostra água contaminada que vasou de um tanque na usina nuclear de Fukushima. (Foto: AFP Photo/Tepco)

A operadora da central nuclear de Fukushima calculou em 30 trilhões de becquerels a quantidade de césio e estrôncio radioativos que teriam chegado ao Oceano Pacífico desde maio de 2011 através da água subterrânea acumulada no subsolo da central, segundo informações da AFP.
A quantidade inclui apenas os elementos radioativos filtrados através do vazamento de água subterrânea contaminada, presente sob os reatores da central.
A empresa Tokyo Electric Power (Tepco) admitiu há quatro meses que a água acumulada no subsolo após a catástrofe provocada pelo tsunami de março de 2011 não era estagnada como se pensava, e sim que seguia para o Oceano em quase 300 toneladas por dia.
Cálculos posteriores mostraram que a quantidade de elementos radioativos que vazaram ao mar deveria ser, no máximo, de 10 trilhões de becquerels de estrôncio 90 e de 20 trilhões de becquerels de césio radioativo. Os vazamentos para o mar continuam.
Antes do acidente, a central poderia verter no máximo 220 bilhões de becquerels por ano.
A Tepco tenta, no momento, instalar um sistema capaz de bombear 100 toneladas de água subterrânea contaminada por dia, água que seria filtrada e reciclada para resfriar os reatores da central.
O problema de vazamento de águas subterrâneas no mar é diferente do registrado nos últimos dias, que provocou o vazamento no oceano de 300 toneladas de água altamente radioativa presente em um tanque defeituoso de 1.000 toneladas. Este último problema foi considerado um 'incidente grave' na quarta-feira pela autoridade de regulação nuclear.
Novos pontos de alta radiação
A Tepco também disse nesta quinta-feira (22), de acordo com a Reuters, que foram encontrados novos pontos de alta radiação perto de tanques de armazenamento de água altamente contaminada, aumentando o temor sobre a existência de novos vazamentos, à medida que o desastre fica cada vez pior.
A usina Fukushima Daiichi, ao norte de Tóquio, foi atingida por um terremoto seguido de tsunami em 11 de março de 2011, danificando três reatores nucleares e lançando contaminação radioativa no ar, no mar e em alimentos. Mais de 160 mil pessoas precisaram ser retiradas de suas casas.
Foi o pior acidente nuclear do mundo desde Chernobyl, em 1986, e as autoridades japonesas parecem não saber como resolver a crise.

Fonte: G1