quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Nível de mercúrio no Rio Madeira está abaixo do esperado, revela estudo

O nível de mercúrio encontrado no Rio Madeira, em Rondônia, está abaixo do esperado, segundo revelou um estudo feito em parceria com a Universidade Federal de Rondônia (Unir) e a Santo Antônio Energia, divulgado neste mês de agosto, durante uma conferência mundial. O índice encontrado está quase mil vezes abaixo do permitido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) - que é de 0,0002 mg/l Hg - de acordo com o pesquisador da Unir Ígor Holanda. O metal foi muito utilizado durante décadas na extração do ouro na região de Porto Velho

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O nível de mercúrio encontrado no Rio Madeira, em Rondônia, está abaixo do esperado, segundo revelou um estudo feito em parceria com a Universidade Federal de Rondônia (Unir) e a Santo Antônio Energia, divulgado neste mês de agosto, durante uma conferência mundial. O índice encontrado está quase mil vezes abaixo do permitido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) - que é de 0,0002 mg/l Hg - de acordo com o pesquisador da Unir Ígor Holanda. O metal foi muito utilizado durante décadas na extração do ouro na região de Porto Velho.

O índice do mercúrio no cabelo da população ribeirinha serve como referência para medir a contaminação nos rios. São recolhidas amostras de água, sedimentos, fitoplânctons, além de cabelos dos ribeirinhos a cada três meses para análise realizada em um laboratório de biogeoquímica da Unir. A pesquisa, que se tornou mais abrangente em 2009, recolheu dados de 1,6 mil famílias que moram às margens do rio, as mais afetadas pelo mercúrio.
O mercúrio é um metal tóxico que pode oferecer riscos ao meio ambiente e à saúde humana. Em altas concentrações pode acarretar problemas de locomoção, memória e visão. Apesar do nível identificado no Rio Madeira ser abaixo do permitido, o monitoramento na região irá continuar.
"O monitoramento vai continuar até que a gente se sinta seguro em dizer que o índice de mercúrio não está aumentando e que a gente não está causando nenhum impacto neste sentido para a população", ressalta Carolina Mariani, analista socioambiental da Santo Antônio Energia.
O resultado da pesquisa realizada desde 2009 foi divulgado no início do mês durante uma conferência internacional na Escócia. "A conferência reúne os maiores especialistas no assunto que vão lá apresentar e discutir os seus dados. Então, a importância é a gente poder participar, divulgar os resultados e receber contribuições dessas pessoas, que são referência no mundo todo em suas áreas de estudo", explica Carolina Mariani.

Fonte: G1